Teste de automação com celery: otimizando seus processos

31 de outubro de 2025

POR IODO

Teste de Automação Distribuído com Celery: Estratégias Avançadas para Engenheiros

Explore estratégias avançadas para teste de automação distribuído utilizando Celery. Este guia aprofundado para especialistas em tecnologia aborda a otimização de fluxos de trabalho, desafios comuns e melhores práticas para garantir a robustez de suas aplicações. Aprenda a escalar sua automação de testes com eficiência.


Introdução à automação de testes em ambientes distribuídos

A qualidade do software é um pilar inegociável no desenvolvimento moderno, e o teste de automação surge como a espinha dorsal para garantir essa qualidade em um ritmo acelerado. Em um cenário onde a complexidade dos sistemas aumenta exponencialmente, com arquiteturas baseadas em microsserviços e sistemas distribuídos se tornando a norma, as abordagens tradicionais de teste unitário e de integração em um único ambiente revelam suas limitações. A capacidade de executar testes de forma rápida, repetível e confiável é crucial para o ciclo de desenvolvimento contínuo e para a entrega de valor aos usuários.

Os benefícios da automação de testes são vastos e bem documentados. Ela proporciona uma velocidade incomparável na execução de suítes de testes, liberando equipes de QA para se concentrarem em testes exploratórios e cenários mais complexos. A precisão é significativamente aprimorada, eliminando o erro humano e garantindo que cada regressão seja detectada prontamente. Consequentemente, há uma redução substancial nos custos a longo prazo, tanto pela diminuição do tempo gasto em testes manuais quanto pela identificação precoce de defeitos, que são exponencialmente mais caros de corrigir em estágios avançados do desenvolvimento.

No entanto, a implementação da automação de testes não está isenta de desafios, especialmente em ambientes distribuídos. A configuração inicial pode ser complexa, o gerenciamento de dependências entre serviços torna-se uma tarefa árdua e a depuração de falhas assíncronas exige ferramentas e estratégias específicas. Além disso, a manutenção de suítes de testes em constante evolução e a garantia de isolamento entre os testes são preocupações constantes. As tendências atuais, como a integração de IA e Machine Learning para otimizar a geração de testes e a prática de Shift-Left Testing, que preconiza a realização de testes o mais cedo possível no ciclo de desenvolvimento, sublinham a necessidade de soluções robustas e escaláveis para a automação.

A evolução do teste de automação: da unidade ao sistema distribuído

A jornada do teste de automação começou com o foco em testes unitários, validando pequenas partes do código de forma isolada. Com o tempo, a necessidade de testar a interação entre componentes levou aos testes de integração e, posteriormente, aos testes de sistema e de ponta a ponta, que simulam o fluxo completo do usuário. Essa evolução foi impulsionada pela crescente complexidade das aplicações, que migraram de monolíticos para arquiteturas distribuídas, como microsserviços e serverless. Nesses novos paradigmas, um único sistema é composto por múltiplos serviços independentes, comunicando-se através de redes, o que introduz novos desafios e pontos de falha.

Em um ambiente de microsserviços, a complexidade não reside apenas no código de cada serviço, mas também na forma como eles interagem. Dependências de rede, latência, consistência de dados distribuídos e a orquestração de múltiplas chamadas assíncronas tornam o teste de automação uma tarefa desafiadora. As abordagens tradicionais, que pressupõem um ambiente de execução controlado e determinístico, muitas vezes são insuficientes. Testes que funcionam perfeitamente em um ambiente local podem falhar de forma intermitente em um ambiente distribuído devido a condições de corrida, falhas de rede ou atrasos na comunicação entre serviços.

A incapacidade de simular cenários do mundo real de forma eficaz e a dificuldade em isolar a causa raiz de uma falha em um sistema distribuído são os principais motivos pelos quais as ferramentas e estratégias de teste de automação precisaram evoluir. É imperativo adotar soluções que permitam a execução paralela de testes, o gerenciamento de estados em ambientes heterogêneos e a capacidade de lidar com a natureza assíncrona das operações. A busca por ferramentas que possam orquestrar essa complexidade e fornecer visibilidade sobre o processo de teste tornou-se uma prioridade para engenheiros de software e QA.

A necessidade de orquestração robusta para testes complexos

A orquestração robusta é a chave para desbloquear o potencial máximo do teste de automação em sistemas distribuídos. Sem ela, a execução de testes paralelos pode levar a condições de corrida, a dependências não gerenciadas e a resultados inconsistentes. Imagine uma suíte de testes que precisa interagir com múltiplos serviços externos, bancos de dados e APIs de terceiros. Coordenar a inicialização desses serviços, garantir que os dados de teste estejam no estado correto e coletar os resultados de forma confiável é uma tarefa monumental sem uma ferramenta de orquestração adequada.

A importância de gerenciar dependências, estados e execuções paralelas não pode ser subestimada. Em um cenário de teste de automação distribuído, cada teste pode ter pré-condições específicas que precisam ser atendidas antes de sua execução, e seus resultados podem influenciar outros testes. A capacidade de isolar a execução de cada teste, garantindo que ele não afete ou seja afetado por outros testes em execução paralela, é fundamental para a confiabilidade e a repetibilidade. Ferramentas que podem agendar, distribuir e monitorar essas execuções de forma inteligente são essenciais para manter a sanidade dos pipelines de CI/CD.

É nesse contexto que sistemas de filas de tarefas distribuídas, como o Celery, se tornam indispensáveis. Eles oferecem uma infraestrutura para desacoplar a execução de tarefas demoradas ou intensivas em recursos do fluxo principal da aplicação, permitindo que essas tarefas sejam executadas em segundo plano por workers dedicados. No domínio do teste de automação, isso se traduz na capacidade de orquestrar a execução de testes complexos, gerenciar a preparação e o descarte de ambientes de teste, e processar resultados de forma assíncrona, transformando um processo potencialmente caótico em um fluxo de trabalho eficiente e escalável.

Celery: o motor para tarefas assíncronas e automação robusta

O Celery é uma ferramenta poderosa e flexível, projetada para processar grandes volumes de mensagens e tarefas assíncronas em um ambiente distribuído. Sua arquitetura robusta e escalável o torna uma escolha ideal para cenários que exigem alta disponibilidade e resiliência, características essenciais para sistemas de teste de automação complexos. Ao desacoplar a execução de tarefas do processo principal da aplicação, o Celery permite que as operações demoradas sejam realizadas em segundo plano, liberando recursos e melhorando a responsividade do sistema como um todo.

A popularidade do Celery como ferramenta de processamento assíncrono é um testemunho de sua eficácia e flexibilidade. Empresas de tecnologia de todos os portes o utilizam para uma variedade de casos de uso, desde o processamento de imagens e vídeos até a geração de relatórios complexos e o envio de notificações em massa. A capacidade de distribuir tarefas entre múltiplos workers e a facilidade de integração com diferentes brokers de mensagens o tornam uma solução versátil para qualquer aplicação que precise de processamento assíncrono e escalável.

No contexto da automação de testes, o Celery oferece uma infraestrutura para transformar suítes de testes monolíticas em fluxos de trabalho distribuídos e paralelos. Isso não apenas acelera significativamente o tempo de execução dos testes, mas também aumenta a robustez e a confiabilidade do processo. Ao permitir que os testes sejam executados em workers isolados, o Celery minimiza a chance de interferências entre testes e facilita a depuração, tornando-o um componente crucial para engenheiros que buscam otimizar seus pipelines de teste de automação.

Fundamentos do Celery: arquitetura e componentes chave

Para entender como o Celery impulsiona a automação de testes, é fundamental compreender sua arquitetura e os componentes que a compõem. No cerne do Celery está o conceito de tarefas (tasks), que são funções Python comuns que você deseja executar de forma assíncrona. Quando uma tarefa é chamada, ela não é executada imediatamente; em vez disso, uma mensagem é enviada para um broker de mensagens.

O broker de mensagens é o coração da comunicação no Celery. Ele atua como um intermediário, recebendo as mensagens das tarefas e as enfileirando para serem processadas. Os brokers mais comuns utilizados com o Celery são RabbitMQ e Redis, cada um com suas próprias características de performance e persistência. A escolha do broker pode depender dos requisitos específicos do seu projeto em termos de escalabilidade, durabilidade e facilidade de configuração. Uma vez que a mensagem está na fila do broker, ela aguarda para ser consumida por um worker.

Os workers são processos que executam as tarefas. Eles monitoram as filas do broker, pegam as mensagens das tarefas e as executam. Você pode ter múltiplos workers rodando em diferentes máquinas, o que permite a escalabilidade horizontal do seu sistema de processamento de tarefas. Além disso, o Celery inclui o Celery Beat, um agendador de tarefas que permite executar tarefas em intervalos regulares, similar a um cron job, mas com a flexibilidade e a resiliência de um sistema distribuído. Essa combinação de tasks, brokers, workers e Celery Beat forma um ecossistema robusto para o processamento assíncrono e distribuído.

Por que Celery é essencial na automação de testes complexos?

O Celery se destaca como uma ferramenta essencial na automação de testes complexos devido à sua capacidade de lidar com a natureza distribuída e assíncrona dos sistemas modernos. Uma das maiores vantagens é o paralelismo inerente que ele oferece. Ao invés de executar testes sequencialmente, o Celery permite que você distribua a execução de centenas ou milhares de testes entre múltiplos workers, reduzindo drasticamente o tempo total de execução da suíte de testes. Isso é particularmente valioso para testes de integração e de ponta a ponta, que geralmente são mais demorados.

Além do paralelismo, o Celery promove o reuso de código e a modularidade. Tarefas que preparam o ambiente de teste, populam bancos de dados ou interagem com APIs externas podem ser encapsuladas como tarefas Celery e reutilizadas em diferentes suítes de testes. Isso não apenas economiza tempo de desenvolvimento, mas também garante consistência na preparação do ambiente. A resiliência é outra característica crucial: se um worker falhar durante a execução de um teste, o Celery pode ser configurado para tentar novamente a tarefa em outro worker, garantindo que os testes sejam concluídos mesmo diante de falhas transitórias.

O gerenciamento de estado e recursos em testes distribuídos é um desafio significativo que o Celery ajuda a endereçar. Ao isolar a execução de cada teste em um worker separado, é possível garantir que as condições de teste sejam independentes e que os recursos (como conexões de banco de dados ou sessões de navegador) sejam gerenciados de forma eficiente para cada teste individualmente. Essa capacidade de isolamento minimiza as "flaky tests" (testes intermitentes) e torna o processo de automação de testes muito mais confiável e previsível. Ferramentas como pytest-celery simplificam ainda mais a integração, fornecendo fixtures e utilitários para testar tarefas Celery de forma eficaz.

Integrando Celery no ciclo de teste de automação

A integração do Celery no ciclo de teste de automação transforma a maneira como os engenheiros abordam a validação de sistemas complexos. Ao invés de tratar os testes como uma sequência linear de execuções, o Celery permite orquestrar um fluxo de trabalho paralelo e distribuído, onde diferentes partes da suíte de testes podem ser executadas simultaneamente em workers dedicados. Essa abordagem não apenas acelera o processo de feedback, mas também melhora a utilização de recursos computacionais, tornando o pipeline de CI/CD mais eficiente.

A flexibilidade do Celery permite que ele seja aplicado em diversas fases do ciclo de teste, desde a preparação do ambiente até o pós-processamento dos resultados. A capacidade de agendar e executar tarefas de forma assíncrona significa que operações demoradas, como a criação de dados de teste em massa ou a inicialização de serviços externos, podem ser delegadas ao Celery, liberando o processo principal de teste para se concentrar na execução das asserções. Isso é particularmente útil em ambientes de microsserviços, onde a dependência de múltiplos serviços pode atrasar significativamente a execução dos testes.

A adoção do Celery para automação de testes representa um salto qualitativo na capacidade de uma organização de testar suas aplicações de forma abrangente e em escala. Ele permite que engenheiros de QA e desenvolvedores construam suítes de testes mais robustas, resilientes e rápidas, que podem acompanhar o ritmo de desenvolvimento ágil e a complexidade crescente das arquiteturas de software modernas. A seguir, exploraremos como o Celery pode ser utilizado para orquestrar testes paralelos, gerenciar dados de teste e processar resultados de forma eficiente.

Orquestração de testes paralelos e distribuídos com Celery

A orquestração de testes paralelos e distribuídos é uma das maiores vantagens de integrar o Celery no seu pipeline de teste de automação. Em vez de executar uma suíte de testes monolítica em uma única máquina, você pode dividir seus testes em tarefas menores e independentes e distribuí-las entre vários workers Celery. Isso é ideal para cenários como testes de carga, onde múltiplos usuários simulados precisam interagir com o sistema simultaneamente, ou testes de integração que validam a comunicação entre diversos serviços.

Por exemplo, você pode ter uma tarefa Celery que inicia um teste de carga em um serviço específico, enquanto outra tarefa prepara o ambiente para um teste de integração de ponta a ponta. Cada worker Celery pode ser configurado para lidar com um tipo específico de teste ou um conjunto de testes, garantindo que os recursos sejam utilizados de forma otimizada. A configuração de filas e prioridades é um recurso poderoso aqui. Você pode definir filas separadas para testes de alta prioridade (como testes de fumaça) e testes de baixa prioridade (como testes de regressão completos), garantindo que os testes críticos sejam executados primeiro.

A capacidade de o Celery gerenciar a execução de testes em diferentes máquinas ou contêineres significa que você pode escalar sua infraestrutura de teste dinamicamente, adicionando ou removendo workers conforme a demanda. Isso é particularmente útil em ambientes de CI/CD, onde a carga de testes pode variar significativamente. Ao orquestrar a execução de testes com o Celery, você não apenas acelera o feedback para os desenvolvedores, mas também torna seu processo de automação de testes mais flexível e resiliente a falhas.

Gerenciamento de dados de teste e pré-condições assíncronas

Em ambientes de teste de automação complexos, o gerenciamento de dados de teste e a configuração de pré-condições são tarefas que consomem muito tempo e são propensas a erros. O Celery oferece uma solução elegante para esse problema, permitindo que essas operações sejam executadas de forma assíncrona e distribuída. Imagine a necessidade de popular um banco de dados com milhares de registros de teste, configurar múltiplos serviços externos com dados específicos ou simular cenários complexos que dependem de eventos assíncronos.

Com o Celery, você pode criar tarefas dedicadas para preparar o ambiente de teste. Por exemplo, uma tarefa pode ser responsável por limpar o banco de dados, outra por popular tabelas com dados de teste específicos para um cenário, e uma terceira por configurar mocks ou stubs para serviços externos. Essas tarefas podem ser executadas em paralelo antes do início dos testes reais, garantindo que cada teste seja executado em um ambiente limpo e com as pré-condições corretas. Isso não apenas acelera o processo de configuração, mas também melhora a consistência e a confiabilidade dos testes.

A capacidade de o Celery lidar com a execução assíncrona é crucial para simular cenários do mundo real. Por exemplo, se um teste depende da conclusão de uma operação de longa duração em um serviço externo, você pode usar uma tarefa Celery para iniciar essa operação e, em seguida, aguardar sua conclusão antes de prosseguir com o teste. Isso elimina a necessidade de sleeps arbitrários ou polling ineficiente, tornando seus testes mais rápidos e robustos. Ao gerenciar dados de teste e pré-condições com o Celery, os engenheiros podem construir suítes de testes mais eficientes e menos propensas a falhas.

Pós-processamento e relatórios de teste com Celery

Após a execução de uma suíte de teste de automação, o pós-processamento dos resultados e a geração de relatórios são etapas cruciais para fornecer feedback significativo às equipes de desenvolvimento e QA. O Celery pode ser empregado de forma eficaz para automatizar e distribuir essas tarefas, garantindo que os resultados sejam coletados, analisados e comunicados de maneira oportuna e eficiente. Em um cenário onde centenas ou milhares de testes são executados em paralelo, a agregação e o processamento desses resultados podem se tornar um gargalo.

Com o Celery, você pode criar tarefas que são disparadas após a conclusão de um conjunto de testes ou de uma suíte completa. Essas tarefas podem ser responsáveis por coletar os resultados de diferentes workers, consolidá-los em um formato unificado e armazená-los em um banco de dados ou sistema de arquivos. Por exemplo, uma tarefa pode analisar os logs dos testes, extrair métricas de performance e identificar falhas comuns. Outra tarefa pode ser encarregada de gerar relatórios detalhados em diferentes formatos (HTML, PDF) ou integrar os resultados com ferramentas de gerenciamento de testes.

Além da geração de relatórios, o Celery pode ser usado para notificar equipes sobre o status dos testes. Tarefas podem ser configuradas para enviar e-mails, mensagens para canais do Slack ou Teams, ou atualizar o status em um painel de controle em tempo real. Essa automação do pós-processamento e da comunicação garante que as equipes sejam informadas rapidamente sobre o sucesso ou falha dos testes, permitindo uma resposta ágil a quaisquer problemas detectados. Ao integrar o Celery nessas etapas finais, o ciclo de teste de automação se torna mais completo, eficiente e transparente.

Desafios e soluções avançadas na automação com Celery

Embora o Celery ofereça uma miríade de benefícios para a automação de testes distribuída, sua implementação e manutenção não estão isentas de desafios. A complexidade de configurar um ambiente Celery robusto, que inclui a escolha e configuração de brokers, o gerenciamento de workers e a otimização de tarefas, pode ser uma barreira inicial para algumas equipes. Além disso, a natureza assíncrona das tarefas Celery pode dificultar a depuração, especialmente quando as falhas ocorrem de forma intermitente ou em workers remotos.

Outro desafio significativo é garantir a consistência e a idempotência das tarefas de teste. Em um ambiente distribuído, onde as tarefas podem ser executadas várias vezes devido a retries ou falhas de workers, é crucial que cada tarefa produza o mesmo resultado, independentemente de quantas vezes seja executada. Lidar com dependências externas, como bancos de dados ou APIs de terceiros, também exige estratégias cuidadosas para evitar condições de corrida e garantir o isolamento adequado entre os testes.

No entanto, esses desafios podem ser superados com a aplicação de estratégias avançadas e o uso de ferramentas adequadas. A chave reside em um design cuidadoso das tarefas, um monitoramento proativo e a implementação de mecanismos robustos de tratamento de erros. Ao abordar esses pontos de forma sistemática, os engenheiros podem aproveitar ao máximo o potencial do Celery para construir um sistema de automação de testes altamente eficiente e confiável.

Monitoramento e observabilidade de tarefas de teste distribuídas

Em um sistema de teste de automação distribuído com Celery, a visibilidade sobre o status dos workers e a execução das tarefas é fundamental. Sem um monitoramento adequado, a identificação de gargalos, falhas de workers ou tarefas presas pode se tornar uma tarefa árdua. Ferramentas como o Celery Flower são indispensáveis nesse cenário. O Flower é uma ferramenta de monitoramento baseada na web que fornece uma interface em tempo real para inspecionar workers, tarefas, filas e o histórico de execuções. Ele permite visualizar o status de cada tarefa (pendente, em execução, concluída, falha), os argumentos passados, o tempo de execução e até mesmo a traceback em caso de falha.

Além do Flower, é crucial implementar estratégias de logging abrangentes. Cada tarefa Celery deve registrar informações relevantes sobre sua execução, incluindo o início, o fim, quaisquer erros e os resultados intermediários. Esses logs devem ser centralizados em um sistema como ELK Stack (Elasticsearch, Logstash, Kibana) ou Grafana Loki, permitindo que os engenheiros pesquisem, filtrem e analisem os logs de forma eficiente. Isso é particularmente importante para depurar falhas intermitentes ou entender o comportamento de testes complexos em ambientes distribuídos.

A coleta de métricas de performance também é vital para garantir a saúde dos workers e a eficiência da execução dos testes. Métricas como o número de tarefas processadas por worker, o tempo médio de execução das tarefas, a profundidade das filas e o uso de recursos (CPU, memória) devem ser monitoradas continuamente. Ferramentas como Prometheus e Grafana podem ser integradas ao Celery para coletar e visualizar essas métricas, fornecendo dashboards que alertam sobre anomalias e ajudam a otimizar a configuração dos workers. Com um monitoramento e observabilidade robustos, os engenheiros podem manter o controle total sobre seu sistema de automação de testes com Celery.

Lidando com falhas, retries e idempotência em testes distribuídos

A natureza distribuída e assíncrona do Celery significa que as falhas são uma realidade a ser gerenciada. Conexões de rede podem cair, serviços externos podem estar indisponíveis ou workers podem falhar. Para garantir a robustez do seu sistema de teste de automação, é essencial implementar mecanismos eficazes para lidar com falhas, retries e garantir a idempotência das tarefas de teste. O Celery oferece recursos nativos para retries automáticos, permitindo que você configure o número de tentativas e o atraso entre elas.

A configuração de retries automáticos com um backoff exponencial é uma prática recomendada. Isso significa que o tempo de espera entre as tentativas aumenta exponencialmente, evitando sobrecarregar um serviço que pode estar temporariamente indisponível. Além disso, é crucial implementar um tratamento de exceções robusto dentro de suas tarefas Celery. Cada tarefa deve ser capaz de capturar e lidar com exceções de forma graciosa, registrando os detalhes da falha e, se apropriado, marcando a tarefa como falha ou disparando um retry.

A idempotência é um conceito fundamental em sistemas distribuídos e é particularmente importante para tarefas de teste. Uma tarefa é idempotente se a execução dela várias vezes produz o mesmo resultado que a execução dela uma única vez. Por exemplo, uma tarefa que cria um usuário de teste deve verificar se o usuário já existe antes de tentar criá-lo novamente. Isso evita efeitos colaterais indesejados e garante que seus testes sejam confiáveis, mesmo em cenários de retry. Projetar tarefas de teste para serem idempotentes é uma prática que minimiza problemas e aumenta a confiança nos resultados da automação.

Otimização de performance e consumo de recursos com Celery

A escalabilidade e a eficiência são características intrínsecas ao Celery, mas para maximizar seu potencial na automação de testes, é crucial otimizar a performance e o consumo de recursos. A configuração dos workers Celery desempenha um papel fundamental. O número de workers e o número de processos ou threads que cada worker executa devem ser ajustados com base na carga de trabalho e nos recursos disponíveis. Um número excessivo de workers pode levar à contenção de recursos, enquanto um número insuficiente pode criar gargalos.

A otimização das próprias tarefas Celery é igualmente importante. Tarefas devem ser projetadas para serem o mais leves e eficientes possível. Evite operações de longa duração dentro de uma única tarefa, se possível, dividindo-as em tarefas menores e encadeadas. O uso eficiente de memória é crucial, especialmente para tarefas que processam grandes volumes de dados. Considere o uso de estruturas de dados eficientes e a liberação de recursos assim que não forem mais necessários.

O gerenciamento de memória e CPU é um fator crítico para escalar a automação. Monitore o uso de recursos dos seus workers e ajuste suas configurações (como o limite de memória por worker) para evitar que eles sejam eliminados devido a estouros de memória. A escolha do broker também pode impactar a performance; RabbitMQ é geralmente preferido para alta durabilidade e garantia de entrega, enquanto Redis pode ser mais rápido para cenários onde a perda de algumas mensagens é aceitável. Ajustar essas configurações e otimizar as tarefas são passos essenciais para garantir que seu sistema de automação com Celery opere com máxima eficiência.

Caso de estudo: otimizando o ponto crítico \'00:27:45\' com Celery

Em um cenário de desenvolvimento ágil, onde a entrega contínua é a meta, qualquer gargalo no pipeline de CI/CD pode ter um impacto significativo no tempo de feedback e na produtividade da equipe. Um dos desafios mais comuns é o tempo de execução prolongado das suítes de teste de automação, especialmente em sistemas com arquiteturas complexas. Este caso de estudo hipotético ilustra como o Celery pode ser utilizado para otimizar um ponto crítico específico, aqui denominado \'00:27:45\', em um pipeline de CI/CD, que representava um estágio de teste de integração demorado e propenso a falhas intermitentes.

O ponto crítico \'00:27:45\' referia-se a uma suíte de testes de integração que validava a comunicação entre três microsserviços distintos e um serviço de terceiros. A execução dessa suíte levava consistentemente cerca de 27 minutos e 45 segundos, um tempo inaceitável para um pipeline que visava feedback em menos de 15 minutos. Além do tempo, a suíte apresentava falhas intermitentes, geralmente relacionadas a timeouts de rede ou indisponibilidade temporária do serviço de terceiros, tornando os resultados não confiáveis e exigindo reexecuções manuais frequentes.

A análise da causa raiz revelou que a suíte de testes era executada sequencialmente em uma única instância, e cada teste realizava chamadas síncronas para os microsserviços e o serviço de terceiros. A preparação dos dados de teste para cada cenário também era feita de forma síncrona, contribuindo para o atraso. As falhas intermitentes eram resultado da falta de tratamento de retries e da sensibilidade a pequenas flutuações na latência da rede ou na disponibilidade dos serviços. O desafio era refatorar essa suíte de testes para ser executada de forma paralela, assíncrona e mais resiliente.

Identificando o gargalo \'00:27:45\' em um pipeline de CI/CD

O gargalo \'00:27:45\' era um estágio específico no pipeline de CI/CD de uma aplicação de e-commerce que consistia em uma suíte de testes de integração. Essa suíte, responsável por validar o fluxo de compra completo – desde a adição de produtos ao carrinho até o processamento do pagamento e a notificação do cliente – era executada em um ambiente de staging após os testes unitários e de contrato. O tempo de execução médio era de 27 minutos e 45 segundos, um atraso significativo que impedia a entrega contínua e frustrava os desenvolvedores que aguardavam o feedback.

A lentidão era agravada por uma série de fatores. Primeiramente, a suíte de testes era monolítica e executava todos os testes sequencialmente, sem qualquer paralelização. Cada teste, por sua vez, realizava múltiplas chamadas HTTP síncronas para os microsserviços de catálogo, carrinho e pagamento, além de interagir com uma API externa de processamento de pagamentos. A preparação dos dados de teste (criação de usuários, produtos e pedidos) também era feita de forma síncrona antes de cada cenário de teste, adicionando um overhead considerável.

As falhas intermitentes, que ocorriam em aproximadamente 15% das execuções, eram ainda mais problemáticas. A maioria dessas falhas era atribuída a timeouts de rede ao se comunicar com o serviço de pagamento externo ou a pequenas instabilidades nos microsserviços internos. Como não havia um mecanismo de retry configurado, qualquer falha transitória resultava na falha de todo o estágio de teste, exigindo uma reexecução manual e prolongando ainda mais o ciclo de feedback. Era evidente que uma abordagem mais distribuída e resiliente era necessária para superar esse ponto crítico.

Implementação da solução com Celery para o teste de automação

Para otimizar o ponto crítico \'00:27:45\', a equipe decidiu refatorar a suíte de teste de automação utilizando o Celery. A estratégia principal foi transformar cada cenário de teste de integração em uma tarefa Celery independente, permitindo sua execução paralela. Além disso, as operações de preparação de dados de teste e de configuração de ambiente foram também convertidas em tarefas Celery, garantindo que pudessem ser executadas de forma assíncrona antes dos testes.

A implementação envolveu os seguintes passos:1. Definição das tarefas Celery: Cada cenário de teste de integração foi encapsulado em uma função Python decorada com @app.task, tornando-o uma tarefa Celery. Essas tarefas recebiam os dados de teste necessários como argumentos.2. Preparação assíncrona do ambiente: Uma tarefa Celery separada foi criada para popular o banco de dados com dados de teste genéricos e configurar mocks para o serviço de pagamento externo. Esta tarefa era executada uma vez antes de toda a suíte de testes.3. Distribuição da execução: O pipeline de CI/CD foi modificado para disparar as tarefas Celery em vez de executar os testes diretamente. Um grupo de workers Celery (utilizando RabbitMQ como broker) foi provisionado para processar essas tarefas.4. Mecanismo de retry: As tarefas de teste foram configuradas com um mecanismo de retry automático e backoff exponencial para lidar com falhas transitórias, especialmente aquelas relacionadas ao serviço de pagamento externo.

Aqui está um pseudocódigo ilustrativo de como uma tarefa de teste poderia ser definida:

from celery import Celeryapp = Celery(\'ecommerce_tests\', broker=\'amqp://guest:guest@localhost:5672//\')@app.task(bind=True, default_retry_delay=300, max_retries=5)def execute_checkout_test(self, user_id, product_id, quantity):    try:        # Lógica para configurar dados específicos do teste (se necessário)        # Ex: Criar usuário e adicionar produto ao carrinho        # Executar o teste de integração do checkout        # Ex: Fazer chamadas HTTP para os microsserviços        # Validar o resultado        assert checkout_successful is True        return {"status": "success", "user_id": user_id}    except Exception as e:        print(f"Teste de checkout falhou para o usuário {user_id}: {e}")        self.retry(exc=e) # Tentar novamente em caso de falha

Resultados e ganhos de eficiência e confiabilidade

A refatoração da suíte de teste de automação com Celery trouxe resultados transformadores para o pipeline de CI/CD e para a equipe de desenvolvimento. O ganho mais imediato e perceptível foi a drástica redução no tempo de execução do estágio de testes de integração. O tempo médio de 27 minutos e 45 segundos foi reduzido para aproximadamente 6 minutos e 30 segundos, uma melhoria de mais de 75%. Essa otimização foi possível devido à paralelização massiva dos testes, onde dezenas de cenários eram executados simultaneamente em diferentes workers Celery.

Além da velocidade, a confiabilidade dos testes melhorou significativamente. A implementação do mecanismo de retry com backoff exponencial para as tarefas Celery reduziu a taxa de falhas intermitentes de 15% para menos de 1%. As falhas que antes exigiam intervenção manual e reexecuções demoradas agora eram automaticamente tratadas pelo Celery, garantindo que a suíte de testes fosse concluída com sucesso na maioria das vezes. Isso liberou os engenheiros de QA e desenvolvedores de tarefas repetitivas de depuração e reexecução, permitindo que se concentrassem em tarefas de maior valor.

MétricaAntes do CeleryCom CeleryMelhoria
Tempo médio de execução27:45 minutos06:30 minutos76%
Taxa de falhas intermitentes15%<1%93%
Tempo de feedback do CI/CD>30 minutos<10 minutos>66%

As lições aprendidas com este caso de estudo foram valiosas. A automação com Celery não apenas resolveu o problema do gargalo \'00:27:45\', mas também transformou a percepção da equipe sobre o teste de automação em ambientes distribuídos. A capacidade de escalar a execução de testes, gerenciar falhas de forma robusta e otimizar o uso de recursos demonstrou o poder do Celery como uma ferramenta essencial para engenheiros que buscam construir pipelines de CI/CD eficientes e confiáveis. Este sucesso incentivou a equipe a explorar ainda mais o potencial do Celery em outras áreas do desenvolvimento e teste.

Melhores práticas e dicas para engenheiros de automação

A implementação bem-sucedida do Celery para teste de automação em ambientes distribuídos requer mais do que apenas entender seus fundamentos; exige a aplicação de melhores práticas e a atenção a detalhes que podem fazer uma grande diferença na eficiência e na manutenibilidade do sistema. Engenheiros de automação devem adotar uma mentalidade que priorize a testabilidade, a segurança e a otimização desde o design das tarefas.

Uma das dicas mais importantes é tratar as tarefas Celery como unidades de trabalho independentes e autocontidas. Isso significa que cada tarefa deve ter todas as informações necessárias para sua execução e não deve depender de estado compartilhado ou de efeitos colaterais de outras tarefas. Essa abordagem não apenas simplifica a depuração, mas também torna as tarefas mais reutilizáveis e resistentes a falhas.

A escolha e a configuração do broker são decisões cruciais que impactam diretamente a performance e a resiliência do sistema. Entender as características de RabbitMQ e Redis e como elas se alinham aos seus requisitos de teste é fundamental. Além disso, a segurança não deve ser uma reflexão tardia; garantir que as credenciais e os dados sensíveis sejam tratados de forma segura é primordial em qualquer ambiente de teste distribuído.

O isolamento de dados entre tarefas de teste é outro aspecto crítico. Cada tarefa deve operar em um conjunto de dados de teste isolado para evitar que um teste afete o resultado de outro. Isso pode ser alcançado através da criação de dados de teste efêmeros para cada execução de tarefa, utilizando bancos de dados em memória ou containers descartáveis para cada worker. Além disso, configure as permissões de acesso dos workers Celery para seguir o princípio do menor privilégio, garantindo que eles só possam acessar os recursos necessários para executar suas tarefas e nada mais. Ao priorizar a segurança e o isolamento, os engenheiros podem construir um sistema de automação de testes distribuído que é não apenas eficiente, mas também confiável e protegido contra vulnerabilidades.

Design de tarefas Celery para alta testabilidade e manutenibilidade

O design de tarefas Celery com foco em alta testabilidade e manutenibilidade é um princípio fundamental para qualquer sistema de automação de testes robusto. Tarefas bem projetadas são fáceis de entender, depurar e, o mais importante, testar unitariamente. O primeiro princípio é manter as tarefas pequenas e focadas em uma única responsabilidade. Uma tarefa que tenta fazer muitas coisas diferentes será mais difícil de testar e manter.

Outra prática recomendada é garantir que as tarefas sejam o mais puras possível, ou seja, que seus resultados dependam apenas de seus argumentos de entrada e não de estados externos mutáveis. Se uma tarefa precisar interagir com dependências externas (como bancos de dados ou APIs), essas dependências devem ser passadas como argumentos ou injetadas de forma controlada, facilitando o uso de mocks e stubs durante os testes unitários. Ferramentas como pytest-celery fornecem fixtures úteis para testar tarefas Celery, permitindo que você simule a execução de tarefas e verifique seus resultados sem a necessidade de um broker real.

A documentação clara das tarefas, incluindo seus argumentos, o que elas fazem e seus possíveis resultados ou efeitos colaterais, é crucial para a manutenibilidade. Use docstrings detalhadas e comentários para explicar a lógica complexa. Além disso, considere a implementação de validação de entrada para os argumentos das tarefas, garantindo que elas recebam dados no formato esperado e falhem rapidamente se os dados forem inválidos. Ao seguir esses princípios de design, os engenheiros podem construir tarefas Celery que são não apenas eficientes, mas também fáceis de testar, depurar e manter ao longo do tempo.

Segurança e isolamento em ambientes de teste distribuídos com Celery

Em qualquer ambiente de teste de automação distribuído, a segurança e o isolamento são preocupações primordiais. As tarefas Celery podem lidar com dados sensíveis, interagir com sistemas de produção (mesmo que em ambientes de teste) e acessar recursos protegidos. Portanto, é crucial implementar medidas de segurança robustas para proteger seus dados e infraestrutura.

Primeiramente, o tratamento de credenciais e informações sensíveis deve ser feito com o máximo cuidado. Evite codificar credenciais diretamente nas tarefas ou em arquivos de configuração. Em vez disso, utilize variáveis de ambiente, serviços de gerenciamento de segredos (como HashiCorp Vault ou AWS Secrets Manager) ou ferramentas de orquestração que injetam segredos de forma segura nos workers Celery. Garanta que as comunicações entre os workers e o broker sejam criptografadas (por exemplo, usando TLS/SSL para RabbitMQ ou Redis).

O isolamento de dados entre tarefas de teste é outro aspecto crítico. Cada tarefa deve operar em um conjunto de dados de teste isolado para evitar que um teste afete o resultado de outro. Isso pode ser alcançado através da criação de dados de teste efêmeros para cada execução de tarefa, utilizando bancos de dados em memória ou containers descartáveis para cada worker. Além disso, configure as permissões de acesso dos workers Celery para seguir o princípio do menor privilégio, garantindo que eles só possam acessar os recursos necessários para executar suas tarefas e nada mais. Ao priorizar a segurança e o isolamento, os engenheiros podem construir um sistema de automação de testes distribuído que é não apenas eficiente, mas também confiável e protegido contra vulnerabilidades.

Escolha do broker e configurações ideais para diferentes cenários de teste

A escolha do broker de mensagens é uma decisão fundamental na arquitetura Celery, impactando diretamente a performance, a durabilidade e a complexidade da configuração do seu sistema de teste de automação. Os dois brokers mais populares são RabbitMQ e Redis, cada um com suas próprias características que os tornam mais adequados para diferentes cenários.

RabbitMQ é um broker de mensagens robusto e maduro, baseado no protocolo AMQP. Ele é conhecido por sua alta durabilidade, garantia de entrega de mensagens e recursos avançados de roteamento e filas. Para cenários de teste de automação onde a perda de uma tarefa é inaceitável (por exemplo, testes de conformidade regulatória ou testes de sistemas críticos), o RabbitMQ é a escolha preferencial. Sua capacidade de persistir mensagens em disco garante que as tarefas não sejam perdidas mesmo em caso de falha do broker. No entanto, sua configuração pode ser um pouco mais complexa e ele pode ter uma sobrecarga ligeiramente maior em comparação com o Redis.

Redis, por outro lado, é um armazenamento de dados em memória que também pode ser usado como um broker de mensagens para o Celery. Ele é notavelmente mais rápido que o RabbitMQ para muitos casos de uso, devido à sua natureza em memória. Para cenários de teste de automação onde a velocidade é a prioridade máxima e a perda ocasional de uma tarefa é aceitável (por exemplo, testes de carga massiva ou testes de fumaça rápidos), o Redis pode ser uma excelente opção. Sua configuração é geralmente mais simples, mas a durabilidade das mensagens é menor, a menos que configurações de persistência específicas sejam ativadas.

As configurações ideais para o seu broker dependerão do volume de tarefas, da sensibilidade à latência e dos requisitos de durabilidade. Para RabbitMQ, otimizações podem incluir o ajuste do número de canais, o tamanho das filas e a configuração de acknowledgements para garantir a entrega. Para Redis, a otimização pode envolver o ajuste do tamanho do buffer e a consideração de sharding para alta disponibilidade. É recomendável realizar testes de performance com ambos os brokers em seu ambiente específico para determinar qual deles melhor atende às suas necessidades de automação de testes.

O futuro do teste de automação com Celery

O Celery já provou ser uma ferramenta inestimável para a automação de testes em ambientes distribuídos, mas seu potencial está longe de ser totalmente explorado. À medida que as arquiteturas de software continuam a evoluir e a demanda por feedback de teste mais rápido e confiável cresce, o Celery provavelmente desempenhará um papel ainda mais central. A integração contínua com ferramentas de CI/CD é uma tendência que se aprofundará, com o Celery se tornando um orquestrador padrão para a execução de testes em pipelines complexos.

A capacidade de o Celery lidar com tarefas assíncronas e distribuídas o posiciona bem para as inovações futuras. A comunidade Celery continua ativa, com desenvolvimentos focados em melhorias de performance, resiliência e facilidade de uso. Essas evoluções, juntamente com a crescente adoção de tecnologias como IA e Machine Learning na automação de testes, prometem um futuro onde os testes serão não apenas automatizados, mas também inteligentes, adaptáveis e auto-otimizáveis.

Para engenheiros de automação, aprofundar-se no Celery e em suas capacidades é um investimento valioso. A compreensão de como orquestrar testes distribuídos, gerenciar recursos e lidar com falhas de forma robusta será uma habilidade cada vez mais procurada. O Celery oferece uma plataforma flexível para experimentar novas abordagens de teste e construir sistemas de validação que podem acompanhar o ritmo acelerado da inovação tecnológica.

Resumo dos benefícios e impacto na qualidade do software

A jornada pelo teste de automação distribuído com Celery revelou uma série de benefícios que impactam diretamente a qualidade do software e a eficiência do ciclo de desenvolvimento. A principal vantagem é a capacidade de escalar a execução de testes, permitindo que suítes de testes complexas sejam executadas em uma fração do tempo que levariam em um ambiente sequencial. Isso acelera o feedback para os desenvolvedores, permitindo que identifiquem e corrijam defeitos mais cedo, um pilar do Shift-Left Testing.

A resiliência é outro benefício crucial. Com mecanismos de retry e tratamento de exceções robustos, o Celery garante que os testes sejam concluídos mesmo diante de falhas transitórias, aumentando a confiabilidade dos resultados da automação. O isolamento de testes em workers separados minimiza as "flaky tests" e garante que cada teste seja executado em um ambiente limpo e previsível, resultando em relatórios de teste mais precisos e confiáveis.

Em última análise, o Celery eleva a qualidade do software ao permitir uma cobertura de teste mais abrangente e uma validação mais rigorosa em sistemas complexos. Ao automatizar a orquestração, o gerenciamento de dados e o pós-processamento, as equipes podem dedicar mais tempo a testes exploratórios e ao desenvolvimento de novas funcionalidades, sabendo que a base do código está sendo continuamente validada por um sistema de automação robusto e eficiente.

Tendências e próximos passos para engenheiros de automação

O cenário do teste de automação está em constante evolução, e o Celery está bem posicionado para acompanhar e impulsionar essas tendências. Uma das principais direções é a integração ainda mais profunda com ferramentas de CI/CD. O Celery pode se tornar o orquestrador padrão para a execução de testes em pipelines de entrega contínua, gerenciando a distribuição de testes entre diferentes ambientes, a coleta de resultados e a tomada de decisões automatizadas com base no status dos testes.

A fusão da automação de testes com a inteligência artificial (IA) e o Machine Learning (ML) é outra tendência promissora. O Celery pode ser usado para distribuir tarefas de treinamento de modelos de ML que otimizam a geração de casos de teste, identificam padrões de falha ou preveem a probabilidade de defeitos. Por exemplo, tarefas Celery podem ser responsáveis por analisar logs de testes passados para identificar quais testes devem ser executados com maior frequência ou quais áreas do código são mais propensas a falhas.

Para engenheiros de automação, os próximos passos incluem aprofundar o conhecimento em sistemas distribuídos, padrões de resiliência e ferramentas de monitoramento. Experimentar com diferentes brokers Celery, otimizar configurações de workers e explorar a integração com outras ferramentas de teste e observabilidade são essenciais. A comunidade Celery é vibrante e oferece muitos recursos para aprendizado e colaboração. Incentivamos a experimentação, a participação em projetos de código aberto e a aplicação dessas estratégias avançadas para transformar seus processos de teste de automação e impulsionar a inovação na qualidade do software.

FAQ

O que é Teste de Automação Distribuído com Celery?

É a execução de suítes de testes automatizados em múltiplos workers ou máquinas, orquestrada pelo Celery. Ele permite distribuir e paralelizar as tarefas de teste, otimizando o tempo de execução e o uso de recursos computacionais.

Quais são as principais vantagens de usar Celery para automação de testes distribuídos?

As vantagens incluem escalabilidade horizontal da execução de testes, redução significativa do tempo total de feedback, otimização do uso de recursos de hardware e a capacidade de executar testes em ambientes heterogêneos ou geograficamente dispersos.

Como o Celery gerencia a distribuição e execução paralela de tarefas de teste?

O Celery utiliza um broker de mensagens (como RabbitMQ ou Redis) para enfileirar as tarefas de teste. Workers Celery consomem essas tarefas do broker, executando-as de forma assíncrona e paralela em diferentes processos ou máquinas, conforme sua capacidade.

Que componentes são essenciais em uma arquitetura de testes distribuídos baseada em Celery?

Os componentes chave incluem: a aplicação cliente (que enfileira as tarefas de teste), o broker de mensagens (e.g., RabbitMQ, Redis), os workers Celery (que executam os testes) e, opcionalmente, um backend de resultados para armazenar o status e os resultados das tarefas.

Quais estratégias avançadas podem ser empregadas para otimizar a performance de testes com Celery?

Estratégias avançadas incluem: otimização da configuração dos workers (ajustando concorrência e tipo de pool), uso de filas dedicadas para diferentes tipos de testes, implementação de retry mechanisms para testes falhos, monitoramento proativo com Celery Flower e balanceamento de carga inteligente das tarefas.

Como os resultados dos testes são coletados e agregados em um ambiente Celery distribuído?

Os resultados dos testes podem ser enviados para um backend de resultados configurado no Celery (e.g., Redis, banco de dados SQL). Uma aplicação central ou um serviço de relatório pode então consultar esse backend para agregar, analisar e gerar relatórios consolidados dos testes executados pelos diferentes workers.

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Atualizada em Novembro/2020.